Desde sua criação, o Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse) tem enfrentado inúmeros desafios e tentativas de limitação pelo Executivo federal. A Lei 14.148/2021, que instituiu o Perse, foi vetada pelo governo Bolsonaro, mas felizmente o Congresso Nacional derrubou o veto, permitindo que o programa surtisse efeito. Em 2022, uma das primeiras grandes restrições foi imposta pela Portaria ME 11.266/22, que limitou atividades anteriormente previstas pela Portaria ME 7.163/22.
Recentemente, com a MP 1.202, o governo Lula tentou extinguir os benefícios tributários do Perse, justificando a medida pelo alto custo das renúncias fiscais e alegações de fraudes. No entanto, essas justificativas não foram convincentes. Enquanto o governo estimou um impacto orçamentário de R$17 bilhões para 2023, a Receita Federal apontou um valor muito menor, de R$4,3 milhões, sem transparência sobre os cálculos do governo.
Graças aos esforços de entidades representativas do setor, a tentativa de revogar o programa foi rejeitada pelo Legislativo. Isso mostra que o Perse é mais que um programa do governo, é um projeto de Estado defendido pelo Legislativo.
Como contrapartida, foi apresentado o PL 1.026/24, que previa alterações significativas no Perse. Embora o projeto tenha sido aprovado e convertido na Lei 14.859/24, muitas das restrições originais foram suavizadas pelo Congresso:
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